Por Rick Boxx
Há controvérsias sobre o expressar crenças espirituais no ambiente
de trabalho. Algumas pessoas acreditam que qualquer declaração de fé no
ambiente profissional é imprópria, como se em algum lugar existisse um
documento que ordenasse explicitamente a “separação entre fé e trabalho”.
Outros argumentariam que verbalizar o que se crê é o direito inerente de uma
pessoa, não importa onde isso aconteça. Quem está certo?
Meu amigo Preston Bowman, em recente postagem em seu blog,
discutindo seu ponto de vista sobre a conveniência de misturar-se negócios e
religião, ofereceu sábio conselho: “Se você é alguém para quem Deus é uma
parte muito real de sua vida”, escreveu Preston, “não esconda nem
imponha isto. Fale livre e naturalmente sobre sua vida, seus valores e suas
crenças”. Entretanto, ele alertou: “Jamais use Deus ou uma
linguagem religiosa para impressionar alguém ou progredir nos negócios”.
Essa perspectiva se encaixa muito bem com a abordagem endossada
pelo apóstolo Paulo quando escreveu no Novo Testamento da Bíblia: “Nós não
somos como muitas pessoas que entregam a mensagem de Deus como se estivessem
fazendo um negócio qualquer. Pelo contrário, foi Deus quem nos enviou, e por
isso anunciamos a Sua mensagem com sinceridade na presença dele, como
mensageiros de Cristo” (II Coríntios 2.17).
Você já encontrou alguém que tentou usar a religião ou
espiritualidade como ferramenta de marketing? Talvez incluindo uma frase
religiosa ou uma passagem da Bíblia num cartão de negócios ou papel timbrado a
fim de identificar-se para outros “crentes”? Isto não quer dizer que
devemos nos envergonhar de sustentar com sinceridade nossas crenças, mas
exibi-las com o propósito primário de tentar progredir nos negócios ou atrair
mais clientes é, como Paulo afirmou “negociar a Palavra de Deus visando
lucro”.
Além disso, há momentos em que é aceitável falar sobre assuntos de
fé e momentos em que não é. A menos que você tenha sido contratado como capelão
da organização, a descrição de suas tarefas provavelmente não inclui pregar
sermões ou manter longos diálogos espirituais durante o horário de trabalho.
Uma das melhores maneiras de comunicarmos com eficácia nossa fé é realizando
nosso trabalho com excelência. E isto significa concentrarmo-nos em nossas
tarefas.
Se alguém lhe perguntar sobre fé no decorrer de um dia de trabalho,
você deve “...Estar sempre prontos para responder a qualquer pessoa que
pedir que expliquem a esperança que vocês têm” (I Pedro 3.15). Contudo, o
exato momento em que a pergunta é feita pode não ser o melhor momento para a
resposta. Pode ser mais conveniente dar um jeito de discutir o assunto durante
o almoço ou no intervalo para o café, para que ninguém possa acusá-lo de não
dar o melhor do seu trabalho à sua empresa, em todo o tempo.
Outra consideração é se nossas ações são consistentes com o que
dizemos. Alguém já disse: “Se o seu caminhar não se alinha com o que você
diz, quanto menos você falar melhor”. Vivemos num mundo onde todos têm
crenças e opiniões de toda natureza. A única forma de saber que eles
sinceramente crêem no que dizem é ver se sua vida e suas palavras estão em
concordância. Jesus disse: “...A luz de vocês deve brilhar para que os
outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está
no céu” (Mateus 5.16).
Assim, respondendo se é ou não conveniente expressar nossas crenças
no ambiente de trabalho, minha resposta é: não tema falar sobre seus valores,
mas somente se eles forem sinceros e autênticos!
Fonte: Maná da Segunda
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