O que DEUS tem pra você hoje

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Paixão pela Vida e pelo Trabalho

Por Jim Mathis 

Tempos atrás me deparei com um pôster que continha o chamado “Manifest Holstee”, um desafio lançado pelos líderes da Holstee, empresa que promove o empreendedorismo, especialmente para pessoas que vivem em áreas de extrema pobreza, através de produtos que eles desenham e produzem.

Talvez você já conheça essa intrigante declaração. Desde que a vimos pela primeira vez, minha esposa e eu a adotamos como se fosse nossa, porque diz essencialmente o que sempre acreditamos.

O Manifesto é muito extenso para ser apresentado na íntegra neste pequeno espaço, mas enfatiza a importância de ter paixão na vida. Eis alguns trechos:

“Essa é sua vida. Faça o que ama e faça-o com frequência. Se você não gosta de alguma coisa, mude-a. Se não gosta do seu trabalho, peça demissão. Se não tem tempo suficiente, deixe de assistir televisão. Se está procurando o amor de sua vida, pare; ele estará esperando por você, quando você começar a fazer as coisas que ama fazer. A vida é curta: viva seu sonho e compartilhe sua paixão.”

Se você ainda não viu esse Manifesto, eu o encorajo a buscá-lo no Google. Engloba de maneira simples um modo de experimentar uma vida de realização, sem torná-la complicada. A declaração não menciona Deus ou espiritualidade, mas depois de lê-la e ponderar sobre o que diz, fiquei convencido que ela concorda com os princípios da Bíblia. Na verdade, uma expressão mais espiritual do Manifesto seria: “Não tente encontrar o plano de Deus para a sua vida; descubra o que faz você vibrar, porque Deus quer pessoas vibrantes.”

O lendário cantor e compositor Bob Dylan disse: “Se você não estiver ocupado vivendo, estará ocupado morrendo.” Em outras palavras, há mais na vida do que simplesmente existir.

Foi isso que descobri com o passar dos anos. Se não podemos ir atrás das coisas que amamos — coisas que nos entusiasmam e nos enchem de energia e motivação — estamos defraudando a nós mesmos. Cada um de nós foi criado com dons, talentos, habilidades e interesses únicos. A questão é como alavancar nossa singularidade e diferença, não apenas para alcançar autorrealização, mas também dar maior contribuição possível para o mundo que nos cerca. O conselho da Bíblia é:

Deus em primeiro lugar. Deus criou cada um de nós dotado de uma mistura única de características que nos faz ser quem somos e o que fazemos. Conhecer Deus nos capacita a conhecer melhor a nós mesmos. “Confie no Senhor e faça o bem; assim você habitará na terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor e Ele atenderá aos desejos do seu coração” (Salmos 37.3-4).

Deus como foco central. Uma vida realizada envolve não apenas o que fazemos, mas também porque o fazemos — nossos motivos. Não pode haver motivação maior que servir e honrar a Deus. “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio Dele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.17).

Solução Melhor Que Dar Cabeçadas

Por Robert J. Tamasy 

O Maná da semana passada abordou sobre as consequências de se submeter às exigências do nosso ego, fazendo tudo para obtermos o que desejamos. Recentemente me deparei com uma história que demonstra as virtudes de um comportamento oposto.

A história veio de Ulrich Zwingli, conhecido como Zuínglio, líder da Reforma Protestante na Suíça no início dos anos 1500. Ele e Martinho Lutero, catalisador da Reforma, se envolveram em grave disputa e Zuínglio não sabia o que fazer para resolver o conflito. Encontrou a solução numa manhã enquanto olhava a encosta de uma montanha.

Ele observou duas cabras se aproximarem uma da outra numa trilha estreita da encosta, uma subindo e outra descendo. Ao se avistarem, pararam e baixaram as cabeças. Parecia que iriam se desafiar. Entretanto, ao invés de baterem cabeças, a cabra que subia a montanha, abaixou-se na trilha. A outra, que descia, pôde então pisar nas costas da outra e ambas prosseguiram sem qualquer impedimento.

Se as cabras tivessem escolhido dar cabeçadas, uma poderia ter vencido, mas o resultado seria desastroso para ambas. Porém, quando uma se curvou diante da outra, humilhando-se, pôde avançar e atingir lugares mais altos.

Com frequência vemos exemplos no mercado de trabalho de pessoas agarradas a suas metas e objetivos, determinadas a não permitir que nada se interponha em seu caminho! Quando encontram oposição, insistem em bater cabeças, lutando até chegar a um desfecho amargo e às vezes sangrento.

Mas examine a lição que Zuínglio aprendeu com as duas cabras: uma submeteu-se brevemente à outra, levando a um resultado em que ambas ganharam. Uma abordagem assim não teria espaço na solução de conflitos no ambiente de trabalho? Este princípio encontra amplo respaldo na Bíblia, como segue:

Para subir mais alto é preciso saber abaixar-se. Estar disposto a ceder aos interesses de outra pessoa não deve ser unilateral. Ambas se beneficiam quando estão dispostas a se “submeter” ou ser “servo” do outro. Assim como o submarino vai para baixo nas águas, submeter-se ou ser servo significa colocar-se intencionalmente abaixo do outro. “Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo” (Efésios 5.21).
Líder e liderado devem submeter-se um ao outro. O modelo no mundo dos negócios é que superiores exerçam autoridade sobre os que se reportam a eles. Porém, o melhor líder é aquele que visa o interesse de seus liderados. “Escravos (liderados), obedeçam a seus senhores (líderes) terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo. Vocês, senhores (líderes), tratem seus escravos (liderados) da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus” (Efésios 6.5-9).

Ser humilde para com companheiros e para com Deus. Ao invés de exigir satisfação de nossos desejos, relacionar-se com humildade com os outros pode alcançar o seu bom favor e ajuda. “Sejam todos humildes uns para com os outros” (1Pedro 5.5). “Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, submetam-se a Deus” (Tiago 4.6-7).

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Vírus de Verdi

Por Robert D. Foster 

Da vida do compositor de óperas Giuseppe Verdi há uma história de uma noite em que ele realizou um recital de piano no teatro Scala, em Milão, Itália. Depois da peça final a plateia calorosa exigiu bis. Verdi, ávido por aplausos, escolheu uma composição sonora e espalhafatosa, que ele sabia que emocionaria o público, embora fosse, artisticamente falando, de qualidade inferior.

Quando terminou, a plateia se levantou em estrondeante aprovação. Verdi desfrutava os prolongados aplausos, quando viu na galeria seu mentor de longa data, que sabia exatamente o que ele acabara de fazer. O mentor não se levantou e nem aplaudiu. Seu rosto estampava uma expressão de frustrado desapontamento. Verdi quase podia ouvi-lo dizer: “Verdi, Verdi, como pode fazer isso?”

Poderíamos chamar a isso de “vírus de Verdi” — desejo de controlar, necessidade de aprovação. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche descreveu isto assim: “Sempre que escalo um degrau na vida, sou seguido por um cão chamado ego.” O ego infla quando regado por louvor. Ávido por poder e sucesso, jamais se satisfaz, não importa o quanto receba dessas coisas.

Isto é muito comum no moderno e sofisticado mundo empresarial e profissional. Homens e mulheres lutam por atenção, anseiam por adulação, intrigam para obter controle e impor sua vontade. Todos os dias ouvimos falar ou lemos sobre líderes que sucumbiram às tentações de egos famintos. Tais atitudes não são novas. O egocentrismo é tão velho quanto a Bíblia. Vejamos alguns exemplos:

Amor por preeminência. 3João 9-11 fala que Diótrefes, “que gosta muito de ser o mais importante entre eles”, ou em outra tradução, “que ambiciona o lugar de primeira distinção”. Ambição por prestígio e controle levam à adoração e a igual quantidade de influência intimidante.

Insistência em impor nossa vontade. Em Números 22-24 lemos sobre Balaão, único profeta gentio do verdadeiro Deus identificado na Bíblia. Ele obedeceu a Deus até certo ponto, mas seu coração aceitou a liderança de Balaque, que se opunha aos israelitas. Balaão desejava obedecer a Deus, mas cedeu à tentação do ouro. Ele tinha uma mente cheia de iluminação espiritual, mas um coração em trevas. Deus permite que façamos o que insistimos em fazer, ainda que erradas. Queremos e insistimos em fazer. Até mesmo oramos: “Senhor, por que não posso ter isso?”

Rebeldia contra verdade e sabedoria. Em 2Crônicas encontramos a história de Roboão, insolente filho do rei Salomão. Roboão presumiu que o legado de sua família e o poder que herdou, fariam o povo ceder aos seus caprichos. Porém, sem sabedoria política nem compreensão correta da confiança que seu pai depositava em Deus, Roboão morreu orgulhoso e tolo aos 58 anos. “Ele agiu mal porque não dispôs o seu coração para buscar o Senhor” (2Crônicas 12.14).

Como evitar as armadilhas do orgulho e do egocentrismo? Considere a lição de 1Pedro 5.5-6: “Sejam todos humildes, uns para com os outros, porque Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no tempo devido.”

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Promotores da Paz


Por Rick Boxx 

Dois executivos estavam envolvidos em incessante contenda, que estava exercendo impacto negativo na empresa. Depois de falhar todos os esforços internos para resolver a disputa, o CEO me perguntou se estaria disposto a ser o pacificador entre ambos.

Como os dois professavam seguir a Jesus Cristo, pensei que isso tornaria minha tarefa um pouco mais fácil: ouviria e compreenderia ambos os lados da história e depois aplicaria princípios bíblicos para resolver o conflito.

Depois de entrevistar cada um separadamente, eu os reuni e expliquei o que acreditava que Deus desejava que acontecesse naquela situação. Momentos depois observei Deus fazer um trabalho surpreendente no coração de ambos. Os dois homens olharam um para o outro e se abraçaram como irmãos que compartilham uma ligação comum em Cristo. Depois oraram um pelo outro, assumindo o compromisso de continuar fazendo isso.

Enquanto observava a cura espontânea desse relacionamento profissional, pensei nas palavras de Jesus: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9).

Vivemos em um mundo — incluindo o mercado de trabalho — em que animosidade e relacionamentos antagônicos parecem ser regra e não exceção. Competição, inveja, índole vingativa e outros sentimentos destrutivos deixam pouco espaço para “paz” no ambiente de trabalho. O conflito é tão generalizado que parece que a capacidade de fazer as pazes foi perdida. Daí a necessidade de “pacificadores” — promotores da paz —como Jesus ressaltou.

Fui privilegiado e abençoado por fazer parte de algo maravilhoso que Deus fez na vida daqueles dois líderes empresariais. E não foram habilidades, profundo discernimento ou técnicas especiais que me capacitaram a ser facilitador nesse processo para que chegássemos a um final bem-sucedido. Deus realizou a obra. Ele usa pacificadores para promover cura. Ele quer usar você também.

Existe diferença entre pacificação e manutenção da paz. Manutenção da paz consiste em olhar para o outro lado, ignorando o conflito, esperando tolamente que ele desapareça por si mesmo. Raramente isso acontece.

Pacificar envolve abordar o conflito e as partes envolvidas intencionalmente, propositalmente, com objetivo de encontrar solução aceitável para todos. O ideal é que a resolução represente ganho para todos, para que ninguém sinta que suas necessidades ou interesses não foram levados em consideração.

A paz deveria ser a marca de todos que professam seguir a Jesus Cristo e, como tal, temos a obrigação de ajudar a promovê-la sempre que pudermos. Nem sempre é fácil; fazer brotar harmonia da discórdia pode ser uma dura tarefa. Ainda assim, somos exortados a fazer exatamente isto: “Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados” (Hebreus 12.11).

Vamos ser promotores da paz em 2013!