O que DEUS tem pra você hoje

segunda-feira, 11 de março de 2013

Como Você Está Investindo Sua Vida?


Por Lane Kramer

Ao longo dos últimos 20 anos conheci CEO's muito bem-sucedidos do ponto de vista empresarial. Alguns a partir de modestas somas de capital, criaram empresas de tamanho considerável e as venderam por milhões de dólares. Outros geraram centenas de empregos dirigindo grandes corporações. Contudo, imagino se esses indicadores tangíveis por si só significam que esses indivíduos foram realmente bem-sucedidos na vida.

A resposta depende de como se define sucesso. Que é sucesso para você? Você mede sucesso pela quantia de dinheiro que ganha, pelo tamanho da sua empresa ou pela qualidade de seus relacionamentos com Deus, família e amigos? E como Deus avaliaria o sucesso em sua vida? 

Para mim a resposta é determinada por estarmos ou não cumprindo o propósito que nos foi dado por Deus e fazendo a vontade Dele em nossa empresa e nossa família, na comunidade onde prestamos culto, no círculo de nossos amigos, no mercado de trabalho como um todo e na cidade onde vivemos. 

Costumo avaliar sucesso através das lentes de um investidor. Todos os dias preciso determinar onde maximizar meu investimento de tempo, talentos, riquezas, capital relacional e energia física. Tudo isso são dons dados e confiados a mim por Deus. As escolhas de como e quando investi-los nem sempre são fáceis, porém, muito importantes. Como diz 1Coríntios 4.2-5: “O que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel...(o Senhor) trará para a luz os segredos escondidos no escuro e mostrará as intenções que estão no coração das pessoas. Então cada um receberá de Deus os elogios que merece”. 

Por exemplo, devo gastar horas extras na minha empresa promovendo seu crescimento ou investir esse tempo em casa jantando com minha esposa? Será que gasto tempo regularmente conversando com minha mãe idosa nas tardes de domingo ou invisto esse tempo lendo meu jornal preferido? Saio passeando de bicicleta aos domingos de manhã ou invisto esse tempo com minha comunidade religiosa? Participo de evento para ajudar em prisões ou no torneio do clube de campo? Decisões, decisões! Elas exigem sabedoria vinda de Deus. 

Todos os investidores tentam maximizar o retorno do capital aplicado. É exatamente isso que tento fazer na minha vida em geral. Como diz 1Coríntios 4, e outras partes da Bíblia, um dia Deus fará revisão na minha vida e pedirá contas da forma como investi os talentos que Ele me deu. Como administrador desses talentos - e não dono - devo pensar como Ele (o verdadeiro Dono) gostaria que eu investisse o que me confiou. 

Embora devamos primeiramente buscar ser bons administradores/investidores porque amamos a Deus e queremos servi-Lo, nosso Criador também entende nossa natureza humana. Ele sabe que queremos ser reconhecidos e recompensados como bons investidores. E a Bíblia deixa claro que Deus recompensará, tanto nesta vida como no Céu, nossa fidelidade em administrar/investir todos os Seus dons.

No próximo Maná vou apresentar ideias específicas para nos assegurarmos de ser bons investidores dos recursos que Deus confiou ao nosso uso e cuidado. Até lá, pare e considere como você está se saindo ao “investir sua vida”.  

segunda-feira, 4 de março de 2013

Ideias Brilhantes – Fontes Improváveis


Por Rick Boxx

De acordo com o Wall Street Journal, respeitado periódico de negócios, as caixas de sugestões das empresas vêm sendo substituídas por sistemas online para a apresentação de ideias.  Esses sistemas não apenas recebem ideias sobre mudanças e novas iniciativas como também dão aos empregados  oportunidade de comentar e votar em sugestões feitas por outros membros do quadro de funcionários.

A PricewaterhouseCoopers lançou um website de gerenciamento de ideias que gerou 3.300 novas ideias.  Embora a empresa de consultoria tenha implementado apenas 140 daquelas ideias até o presente, essas que foram usadas pouparam centenas de milhares de dólares para a companhia. 

A ironia é que geralmente os executivos chamam pessoas de fora para avaliar as práticas e sistemas  de suas empresas, além de uma variedade de fatores que afetam rendas e despesas, mas deixam de considerar o pessoal interno, que pode ter uma percepção maior das questões.   Os empregados geralmente conhecem os produtos e processos da companhia melhor que consultores externos, já que trabalham neles todos os dias, embora muitas empresas nunca peçam que seus funcionários façam sugestões. 

Anos atrás industriais implementaram os “círculos de qualidade”, nos quais os empregados mais afetados pelas decisões de produção  poderiam opinar sobre ações adotadas e apresentar suas conclusões sobre os resultados alcançados.  Em muitos casos os grupos de consulta compostos pelos empregados contribuíram significativamente para uma maior eficiência e economia. 

Pode não ser necessária a criação de círculos de qualidade para a sua empresa, e sim alguma outra maneira intencional de solicitar e responder ao quadro funcional sobre estratégias importantes de organização e gerenciamento, o que pode gerar bons resultados.   Há um ditado que diz que às vezes fica difícil distinguir a floresta das árvores,  mas seria sábio periodicamente consultar aqueles mais familiarizados com as “árvores”. 

A Bíblia tem muito a dizer sobre esta abordagem de negócios. 

Não permita que o orgulho o impeça de consultar outras pessoas.  Alguns executivos parecem adotar uma postura de quem deve ter todas as respostas porque ocupam uma posição de liderança.  Não existe nenhuma regra que diga isso e líderes sábios estimulam os membros de seu quadro funcional a apresentarem sua visão.  Provérbios 12:15 ensina:  “O tolo pensa que sempre está certo, mas os sábios aceitam conselhos”. 

Seja receptivo à perspectiva de uma variedade de fontes confiáveis.  Existem diversas maneiras de pedir conselhos valiosos no tocante a planos e decisões importantes de negócios, como sistemas de apresentação de ideias de empregados e reuniões de equipes.  Tirando o máximo proveito de pessoas e ideias disponíveis, a possibilidade de sucesso é multiplicada.  “Sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos conselheiros há sucesso”  (Provérbios 15:22).  

Valorize os recursos disponíveis dentro de sua própria equipe.  Geralmente se dá grande peso à opinião de consultores pela presunção de que eles têm uma perspectiva objetiva.  Entretanto, a boa administração exige a utilização apropriada do pessoal que temos dentro de nossas empresas, inclusive envolvendo sua percepção em decisões e práticas importantes.   “...Jesus disse:  Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra e na sua casa”  (Mateus 13:57). 

Não subestime a sabedoria do seu pessoal.   Se você tornar o processo fácil e aberto para todos, eles podem ter ideias que lhe poupem milhões. 


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Compromisso com a Excelência


Por Jim Mathis

Ao trocar o carpete lá de casa, contratamos uma empresa bem recomendada e pagamos um preço bem alto pelo novo e sua colocação. Quando terminaram, minha esposa quase chorou com a bagunça que deixaram.

Garanti a ela que poderia resolver tudo e, rapidamente, recolhi os retalhos, passei o aspirador e refiz o rodapé. Até acrescentei à minha coleção algumas ferramentas próprias para colocação de carpete. Depois que os móveis voltaram a seus lugares o ambiente ficou com aparência ótima. O instalador simplesmente não tivera cuidado bastante para concluir o serviço.

Recentemente tive outra péssima experiência com uma loja de pneus. Os pneus gastaram-se prematuramente porque não foram balanceados corretamente. Depois de alguma discussão, o dono concordou em dar-me desconto por um novo jogo de pneus. Mas quando fui pegar o carro, vi que tinham deixado o metal das rodas arranhado e coberto de graxa. Gastei cerca de trinta minutos limpando e polindo as rodas, mas ficaram os arranhões. Consegui pneus novos, mas o serviço foi totalmente insatisfatório. 

Fazendo analogia com os esportes, essas empresas poderiam ter ganho a corrida, mas falharam e não alcançaram a linha de chegada. Não se preocuparam comigo ou com minha esposa, nem com a aparência da nossa casa ou as condições do nosso carro. Usando  terminologia do futebol, poderiam ter marcado um gol, mas nem chegaram a cruzar o meio do campo. 

Como fotógrafo, um dos meus compromissos é garantir aos clientes sempre superar suas expectativas e não me deter até que estejam, não apenas satisfeitos, mas encantados. Seja em que ramo atuamos ou que tipo de produto ou serviço forneçamos: esse deveria ser nosso objetivo!

A determinação de fazer o melhor possível faz sentido. Em muitos casos o futuro da empresa depende de clientes que usam seus serviços sempre. E a melhor propaganda é um cliente satisfeito. Clientes insatisfeitos podem ocasionar desastres. E cliente insatisfeito está sempre mais propenso a contar sua experiência. 

Existe, porém, razão ainda melhor para nos esforçarmos e buscar excelência, dando o máximo de nossa capacidade. A Bíblia ensina: “Tudo o que fizerem ou disserem, façam em nome do Senhor Jesus e por meio Dele agradeçam a Deus, o Pai... O que vocês fizerem façam de todo o coração, como se estivessem servindo o Senhor e não as pessoas” (Colossenses 3.17,23). 

Cada um de nós recebeu habilidades, talentos e experiências únicos, que nos capacitam para o trabalho que fazemos. Uma maneira de mostrar gratidão pelo que recebemos é usar ao máximo nossas habilidades.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Ética nas Decisões


Por Rick Boxx

Não faz muito tempo ouvi excelente mensagem do escritor e preletor Lee Strobel sobre o que ele chamou de, “Os 5 P's na Tomada de Decisões Éticas”. Pensei que seria bom apresentar sua percepção neste Maná. 

O primeiro “P” foi propósito. Ao tomar uma decisão desafiadora é essencial lembrar-se do nosso propósito. Se for apenas ganhar dinheiro, podemos tomar decisão errada. Mas se estiver em linha com princípios bíblicos, a decisão levará a resultado bem diferente. 

1Coríntios 10.31 nos ensina: “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. Tudo quanto os seguidores de Jesus Cristo fazem deveria ter o propósito de glorificar a Deus. Quando esta for a motivação por trás das decisões éticas, torna-se fácil tomar decisões difíceis no ambiente de trabalho.

O segundo "P" que Strobel citou foi prayer (oração, em inglês). Enfatizou a importância de orar buscando sabedoria e direção nas  decisões difíceis. Também deveríamos orar, segundo Strobel, por convicção moral e coragem para fazer o que é certo. Muitas vezes sabemos o que é certo fazer, mas precisamos de coragem para fazê-lo.

Tiago 1.5 ensina: “Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e Ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.”  Na próxima vez que enfrentar um dilema ético, ore com ousadia pedindo sabedoria a Deus e creia que Ele lha dará.

O terceiro “P” na relação de Strobel é princípios. Estimulou os ouvintes a tomar decisões testando-as com os princípios bíblicos. Disse que 50% das decisões éticas são tomadas com base em emoções como medo, cobiça ou ira, que podem levar a decisões deficientes. É mais produtivo fazer pausa e considerar como nossa decisão se alinha com o que a Bíblia ensina. 

Salmos 119.9 recomenda: “Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a Tua palavra.”  Ao enfrentar dilemas éticos, não deixe que suas emoções o governem. Ore e busque auxílio na Palavra de Deus.

O quarto “P” de Strobel foi pessoas. Quando tomar decisões difíceis, não o faça sozinho. Envolver pessoas confiáveis e sábias trás muitos benefícios: receber bons conselhos; obrigá-lo a ser transparente; prestar contas de suas responsabilidades. Durante anos liderei um pequeno grupo de CEO’s. Fosse qual fosse a questão, descobrimos alguém cujo discernimento foi de grande auxílio para chegar a uma decisão sábia. 

Provérbios 15.22 propõe: “Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros.”  Ser líder é algo solitário às vezes, mas não precisa ser assim. Ao enfrentar o desafio de tomar decisões éticas, permita que outras pessoas façam parte do processo.

O último “P” é popular opinion (opinião popular, em inglês) e Strobel deu-lhe uma direção diferente. Recomendou que ao enfrentar uma decisão difícil, considerarmos qual a opinião popular e decidir pelo contrário. Deus não se preocupa com o que pensa a maioria. 

Em Isaías 55.9 Deus nos diz: “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os Meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os Meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.”  Decisões tomadas com base na opinião popular podem ser desastrosas. Seja corajoso e, se necessário, adote o caminho oposto, segundo Deus!   


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Paixão pela Vida e pelo Trabalho

Por Jim Mathis 

Tempos atrás me deparei com um pôster que continha o chamado “Manifest Holstee”, um desafio lançado pelos líderes da Holstee, empresa que promove o empreendedorismo, especialmente para pessoas que vivem em áreas de extrema pobreza, através de produtos que eles desenham e produzem.

Talvez você já conheça essa intrigante declaração. Desde que a vimos pela primeira vez, minha esposa e eu a adotamos como se fosse nossa, porque diz essencialmente o que sempre acreditamos.

O Manifesto é muito extenso para ser apresentado na íntegra neste pequeno espaço, mas enfatiza a importância de ter paixão na vida. Eis alguns trechos:

“Essa é sua vida. Faça o que ama e faça-o com frequência. Se você não gosta de alguma coisa, mude-a. Se não gosta do seu trabalho, peça demissão. Se não tem tempo suficiente, deixe de assistir televisão. Se está procurando o amor de sua vida, pare; ele estará esperando por você, quando você começar a fazer as coisas que ama fazer. A vida é curta: viva seu sonho e compartilhe sua paixão.”

Se você ainda não viu esse Manifesto, eu o encorajo a buscá-lo no Google. Engloba de maneira simples um modo de experimentar uma vida de realização, sem torná-la complicada. A declaração não menciona Deus ou espiritualidade, mas depois de lê-la e ponderar sobre o que diz, fiquei convencido que ela concorda com os princípios da Bíblia. Na verdade, uma expressão mais espiritual do Manifesto seria: “Não tente encontrar o plano de Deus para a sua vida; descubra o que faz você vibrar, porque Deus quer pessoas vibrantes.”

O lendário cantor e compositor Bob Dylan disse: “Se você não estiver ocupado vivendo, estará ocupado morrendo.” Em outras palavras, há mais na vida do que simplesmente existir.

Foi isso que descobri com o passar dos anos. Se não podemos ir atrás das coisas que amamos — coisas que nos entusiasmam e nos enchem de energia e motivação — estamos defraudando a nós mesmos. Cada um de nós foi criado com dons, talentos, habilidades e interesses únicos. A questão é como alavancar nossa singularidade e diferença, não apenas para alcançar autorrealização, mas também dar maior contribuição possível para o mundo que nos cerca. O conselho da Bíblia é:

Deus em primeiro lugar. Deus criou cada um de nós dotado de uma mistura única de características que nos faz ser quem somos e o que fazemos. Conhecer Deus nos capacita a conhecer melhor a nós mesmos. “Confie no Senhor e faça o bem; assim você habitará na terra e desfrutará segurança. Deleite-se no Senhor e Ele atenderá aos desejos do seu coração” (Salmos 37.3-4).

Deus como foco central. Uma vida realizada envolve não apenas o que fazemos, mas também porque o fazemos — nossos motivos. Não pode haver motivação maior que servir e honrar a Deus. “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio Dele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.17).

Solução Melhor Que Dar Cabeçadas

Por Robert J. Tamasy 

O Maná da semana passada abordou sobre as consequências de se submeter às exigências do nosso ego, fazendo tudo para obtermos o que desejamos. Recentemente me deparei com uma história que demonstra as virtudes de um comportamento oposto.

A história veio de Ulrich Zwingli, conhecido como Zuínglio, líder da Reforma Protestante na Suíça no início dos anos 1500. Ele e Martinho Lutero, catalisador da Reforma, se envolveram em grave disputa e Zuínglio não sabia o que fazer para resolver o conflito. Encontrou a solução numa manhã enquanto olhava a encosta de uma montanha.

Ele observou duas cabras se aproximarem uma da outra numa trilha estreita da encosta, uma subindo e outra descendo. Ao se avistarem, pararam e baixaram as cabeças. Parecia que iriam se desafiar. Entretanto, ao invés de baterem cabeças, a cabra que subia a montanha, abaixou-se na trilha. A outra, que descia, pôde então pisar nas costas da outra e ambas prosseguiram sem qualquer impedimento.

Se as cabras tivessem escolhido dar cabeçadas, uma poderia ter vencido, mas o resultado seria desastroso para ambas. Porém, quando uma se curvou diante da outra, humilhando-se, pôde avançar e atingir lugares mais altos.

Com frequência vemos exemplos no mercado de trabalho de pessoas agarradas a suas metas e objetivos, determinadas a não permitir que nada se interponha em seu caminho! Quando encontram oposição, insistem em bater cabeças, lutando até chegar a um desfecho amargo e às vezes sangrento.

Mas examine a lição que Zuínglio aprendeu com as duas cabras: uma submeteu-se brevemente à outra, levando a um resultado em que ambas ganharam. Uma abordagem assim não teria espaço na solução de conflitos no ambiente de trabalho? Este princípio encontra amplo respaldo na Bíblia, como segue:

Para subir mais alto é preciso saber abaixar-se. Estar disposto a ceder aos interesses de outra pessoa não deve ser unilateral. Ambas se beneficiam quando estão dispostas a se “submeter” ou ser “servo” do outro. Assim como o submarino vai para baixo nas águas, submeter-se ou ser servo significa colocar-se intencionalmente abaixo do outro. “Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo” (Efésios 5.21).
Líder e liderado devem submeter-se um ao outro. O modelo no mundo dos negócios é que superiores exerçam autoridade sobre os que se reportam a eles. Porém, o melhor líder é aquele que visa o interesse de seus liderados. “Escravos (liderados), obedeçam a seus senhores (líderes) terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo. Vocês, senhores (líderes), tratem seus escravos (liderados) da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus” (Efésios 6.5-9).

Ser humilde para com companheiros e para com Deus. Ao invés de exigir satisfação de nossos desejos, relacionar-se com humildade com os outros pode alcançar o seu bom favor e ajuda. “Sejam todos humildes uns para com os outros” (1Pedro 5.5). “Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, submetam-se a Deus” (Tiago 4.6-7).

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Vírus de Verdi

Por Robert D. Foster 

Da vida do compositor de óperas Giuseppe Verdi há uma história de uma noite em que ele realizou um recital de piano no teatro Scala, em Milão, Itália. Depois da peça final a plateia calorosa exigiu bis. Verdi, ávido por aplausos, escolheu uma composição sonora e espalhafatosa, que ele sabia que emocionaria o público, embora fosse, artisticamente falando, de qualidade inferior.

Quando terminou, a plateia se levantou em estrondeante aprovação. Verdi desfrutava os prolongados aplausos, quando viu na galeria seu mentor de longa data, que sabia exatamente o que ele acabara de fazer. O mentor não se levantou e nem aplaudiu. Seu rosto estampava uma expressão de frustrado desapontamento. Verdi quase podia ouvi-lo dizer: “Verdi, Verdi, como pode fazer isso?”

Poderíamos chamar a isso de “vírus de Verdi” — desejo de controlar, necessidade de aprovação. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche descreveu isto assim: “Sempre que escalo um degrau na vida, sou seguido por um cão chamado ego.” O ego infla quando regado por louvor. Ávido por poder e sucesso, jamais se satisfaz, não importa o quanto receba dessas coisas.

Isto é muito comum no moderno e sofisticado mundo empresarial e profissional. Homens e mulheres lutam por atenção, anseiam por adulação, intrigam para obter controle e impor sua vontade. Todos os dias ouvimos falar ou lemos sobre líderes que sucumbiram às tentações de egos famintos. Tais atitudes não são novas. O egocentrismo é tão velho quanto a Bíblia. Vejamos alguns exemplos:

Amor por preeminência. 3João 9-11 fala que Diótrefes, “que gosta muito de ser o mais importante entre eles”, ou em outra tradução, “que ambiciona o lugar de primeira distinção”. Ambição por prestígio e controle levam à adoração e a igual quantidade de influência intimidante.

Insistência em impor nossa vontade. Em Números 22-24 lemos sobre Balaão, único profeta gentio do verdadeiro Deus identificado na Bíblia. Ele obedeceu a Deus até certo ponto, mas seu coração aceitou a liderança de Balaque, que se opunha aos israelitas. Balaão desejava obedecer a Deus, mas cedeu à tentação do ouro. Ele tinha uma mente cheia de iluminação espiritual, mas um coração em trevas. Deus permite que façamos o que insistimos em fazer, ainda que erradas. Queremos e insistimos em fazer. Até mesmo oramos: “Senhor, por que não posso ter isso?”

Rebeldia contra verdade e sabedoria. Em 2Crônicas encontramos a história de Roboão, insolente filho do rei Salomão. Roboão presumiu que o legado de sua família e o poder que herdou, fariam o povo ceder aos seus caprichos. Porém, sem sabedoria política nem compreensão correta da confiança que seu pai depositava em Deus, Roboão morreu orgulhoso e tolo aos 58 anos. “Ele agiu mal porque não dispôs o seu coração para buscar o Senhor” (2Crônicas 12.14).

Como evitar as armadilhas do orgulho e do egocentrismo? Considere a lição de 1Pedro 5.5-6: “Sejam todos humildes, uns para com os outros, porque Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no tempo devido.”